QUASE TUDO
(Flávio Leite)
Hoje não choveu
E não foi tão diferente,
É quase tudo
Sem amor ou atenção.
Uma carta sem destino,
Um coração em desatino
E é quase tudo
Sem qualquer explicação.
Olhe o travesseiro do seu lado
O quanto dorme triste e calado,
Pois o silêncio o afogou
Mais uma vez.
Olhe o travesseiro do seu lado
O quanto dorme triste e calado,
Pois o silêncio o afogou
Mais de uma vez.
Sonhos que acordam do passado
São fotos que apodrecem no criado
Da casa que um dia eu quis,
Mas ninguém fez.
A cerveja sem amigos,
Olhos verdes no espelho
E é quase tudo
Parte da insatisfação.
Eu me olho e sinto medo
Quando deito no escuro
E é quase tudo
Sem saída e sem razão.
Os risos estão tão amarelados
São como discos de vinil quebrados,
O silêncio me afogou
Mais uma vez.
Lágrimas que acordam do passado
São folhas que apodrecem no telhado
Da casa que um dia eu quis,
Mas ninguém fez
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